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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Educação Nutricional





A estratégia envolve motivação: identificar e utilizar o motivo que despertará ao individuo vontade de mudar seu comportamento, é uma condição interna; envolve métodos e técnicas de ensino: método é o caminho, a técnica é a forma como percorrê-lo; envolve recursos materiais e humanos: todos os seres humanos podem aprender e podem mudar suas praticas alimentares se necessário, independente de idade, sexo ou condição social e cultural. Depende de como se transmitem as informações, os conceitos, ou seja, da estratégia de ensino utilizada.

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL E LUDOPEDAGOGIA

“Educar é criar possibilidades para a produção ou construção do conhecimento pelo próprio indivíduo. Para que isso ocorra, a pessoa que transmite a mensagem (o facilitador) precisa respeitar a individualidade de cada participante e aproveitar suas vivências e experiências no ato de educar. Só assim é possível fazer a ponte entre os conhecimentos que o educando já adquiriu ao longo da vida e os conhecimentos técnicos e acadêmicos (BARROS et al, 2008)”.

Educação Nutricional é o meio que proporciona melhora na saúde dos indivíduos e um maior controle sobre a mesma, ocasionando assim promoção da saúde. Ela ocorre devido ações educativas com a finalidade de um maior conhecimento pela população sobre os alimentos e sobre os processos de alimentação desde a infância até a velhice, para adoção de um estilo de vida saudável.

Já é de conhecimento que uma alimentação saudável, completa, variada e com paladar agradável para os organismos desde a infância, previne as doenças crônicas não transmissíveis, e quando estas já existem ocorre um controle maior pelo individuo. São nos primeiros anos de vida que os hábitos alimentares são formados e estes vão ser levados para adolescência até a velhice, portanto a educação nutricional nesta fase da vida é de extrema importância.

Com base nesse conjunto de idéias, reconhece-se que a educação nutricional fundamenta-se como uma ação da nutrição aplicada, que orienta seus recursos em direção à aprendizagem, à adequação e à aceitação de hábitos alimentares saudáveis durante todo o ciclo de vida.

O programa de comunicação e reeducação alimentar são processos de ensino, treinamento e facilitação, pelos quais a população alvo é auxiliada a selecionar e implementar comportamento desejáveis de alimentação e estilo de vida. O nutricionista deve ser o decodificador da ciência da nutrição, deve estar capacitado a interpretar os avanços nesta área e traduzi-los em praticas alimentares que permitam a melhoria da alimentação de indivíduos e coletividades.

O profissional nutricionista como conselheiro nutricional assume o papel de educador, podendo cumprir assim o objetivo da educação nutricional, que é auxiliar indivíduos a estabelecer práticas e hábitos alimentares adequados às suas necessidades nutricionais específicas e também de acordo com os recursos alimentares locais e o padrão cultural do indivíduo, buscando a identificação de suas práticas alimentares de acordo com diferentes aspectos: psicológicos, socioeconômicos, educacionais e outros.

Para que a educação nutricional seja efetiva, faz-se necessário a elaboração de um planejamento de intervenção educativa em nutrição. Primeiramente devem ser identificados os problemas nutricionais da população que se quer atender, determinando as causas referentes a estes problemas, a fim de criar um diagnóstico educativo, permitindo a formulação de objetivos de modificação no comportamento, através de elaboração de mensagens e estratégias motivacionais e seleção dos multimeios a serem utilizados, de forma a utilizar uma linguagem de fácil entendimento a população. A partir deste ponto, deve-se organizar e implementar um programa, por meio da produção/disponibilização de materiais de apoio, treinamento de agentes de execução e da intervenção em si, buscando sempre avaliar se as estratégias utilizadas estão sendo eficazes no cumprimento dos objetivos inicialmente propostos e se estas satisfazem o público participante.

Como mediador/facilitador, o educador nutricional deve fornecer apoio emocional, assim como dados cognitivos e técnicas motivacionais que proporcionem a modificação de comportamento. A habilidade do educador nutricional, então, é de reconhecer e encontrar as necessidades específicas do indivíduo, e não somente prover informações técnicas.

Assim, a condição para que todos os preceitos nutricionais possam realmente vir a esclarecer e modificar comportamentos é a aplicação de educação nutricional adaptada ao estilo de vida do público-alvo, enfatizando a utilização da ludopedagogia, ou seja, de maneira interativa e dinâmica. A educação tem na ação concreta uma de suas principais bases, envolvendo atitudes e comportamentos que, repetindo-se e transformando-se no dia a dia, poderão vir a consolidar-se como prática socialmente aceita. Tal fator reflete a importância do trabalho dos profissionais nutricionistas enquanto educadores, a fim de estimular práticas alimentares e hábitos de vida saudáveis como forma de prevenção de doenças crônicas em longo prazo e otimizando a saúde da população.

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